Iniciada nesta terça-feira, a greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem trazido à tona uma série de discussões sobre as condições de trabalho e as práticas salariais do setor. Os funcionários, representados pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), reivindicam melhorias significativas, que incluem desde a recomposição de perdas salariais até a valorização profissional.
A decisão pela paralisação foi tomada após uma plenária nacional e já havia sido comunicada ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, que tenta negociar termos para encerrar a greve. Segundo comunicado da Fenasps, as propostas do governo até agora foram insuficientes, levando à parada por tempo indeterminado.
Servidores do INSS entram em greve por tempo indeterminado | Foto: Rafa Neddermeyer / ABr / Divulgação CP
Quais são as exigências dos servidores do INSS?
A pauta de reivindicações é extensa e reflete a insatisfação profunda dos servidores com as condições atuais. As principais demandas incluem:
- Recomposição das perdas salariais, que já ultrapassam 53%;
- Reestruturação das carreiras e reconhecimento da carreira do Seguro Social como típica de Estado;
- Cumprimento do acordo de greve de 2022 e jornada de trabalho de 30 horas para todos;
Impactos da Greve: Serviços Afetados e Alternativas para os Usuários
Com a paralisação, mais de 19 mil servidores ativos do INSS estão com suas atividades comprometidas, afetando diretamente a população que depende dos serviços do órgão. Apesar da greve, o INSS destaca que os serviços online continuam a operar, tentando minimizar os impactos para os segurados.
Segundo o INSS, a plataforma Meu INSS e a Central de Atendimento 135 são as principais alternativas para os usuários durante esse período. Esses canais permitem a realização de mais de 100 serviços diferentes, como agendamento e solicitação de benefícios.
Resposta do Governo e Perspectivas de Negociação
Em resposta àgreve, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos apresentou uma proposta que inclui um incremento salarial de 24,8% até 2026, ajuste de carreiras e criação de gratificações. No entanto, a proposta foi considerada insuficiente pela Fenasps, que critica principalmente a ausência de medidas concretas para a valorização efetiva dos trabalhadores do setor.
Mesmo com a agenda de negociações em andamento, ainda não há sinais claros de que um acordo está próximo. Os trabalhadores esperam que suas demandas sejam atendidas de forma a garantir não apenas melhorias salariais, mas também condições de trabalho dignas e que respeitem os direitos adquiridos ao longo dos anos.
A greve do INSS discute temas relevantes não só para os servidores mas para toda a sociedade que se beneficia dos serviços de previdência e assistência social. A expectativa é que as negociações avancem e que a situação se resolva com benefícios para ambas as partes.
