Um documento intitulado “Perspectivas da população mundial 2024”, elaborado pela ONU, traz à luz uma análise abrangente envolvendo a dinâmica populacional global em 237 países. Segundo a pesquisa da Divisão de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais, é previsto que a população global, atualmente em 8,2 bilhões de pessoas, alcance o seu auge no meio da década de 2080 com aproximadamente 10,3 bilhões, para depois declinar.
A redução populacional esperada, uma nova estimativa de cerca de 700 milhões de pessoas a menos do que os dados de 2013 sugeriam, reflete mudanças significativas na taxa de natalidade e nos padrões de vida. Este movimento global traz importantes questões sobre as políticas públicas, estratégias socioeconômicas e os impactos ambientais. Mas afinal, o que está conduzindo a essa trajetória de declínio? As respostas repousam tanto no comportamento social quanto nas intervenções políticas em diversas nações.

Por que a população global está diminuindo?
Um dos principais influencers para o declínio populacional reportado no estudo são as taxas de natalidade significantemente reduzidas em diversas nações desenvolvidas e em desenvolvimento. Países como China, Japãoo e Itália, que outrora vivenciaram picos de crescimento populacional, hoje observam uma redução no número de nascimentos graças a uma combinação de políticas públicas e mudanças nas preferências individuais, como o adiamento da maternidade e o investimento na educação de jovens, principalmente femininas.
Quais são os impactos de uma população global decrescente?
O alcance mais cedo do pico populacional significa que poderemos esperar um menor impacto ambiental causado pelo consumo humano. Menos pessoas eventualmente significa uma menor demanda por recursos naturais, o que pode levar a uma menor exploração dos mesmos e uma oportunidade para a recuperação ecológica. Outro aspecto relevante é o aumento dos grupos etários mais velhos, em detrimento dos mais jovens, o que certamente impõe desafios para os sistemas de previdência e saúde públicos ao redor do globo.
Como essas mudanças afetarão a sociedade até o final deste século?
Até o término do século XXI, mais de um quarto da população mundial estará concentrado em países onde o crescimento já atingiu seu ápice, como Rússia e Alemanha. Esta realidade, combinada com uma longevidade maior, propõe desafios complexos para as nações, como o rebalanceamento dos sistemas de trabalho e um replanejamento urbano que atenda às necessidades de uma população mais idosa e, possivelmente, menos produtiva. Políticas voltadas para a adaptação a essa nova configuração demográfica serão cruciais.
O relatório da ONU escalona uma visão esclarecedora sobre como as dinâmicas populacionais podem influenciar diretamente todos os aspectos da vida em escala global — desde o meio ambiente até estruturas econômicas e sociais. Nas próximas décadas, será fundamental monitorar e avaliar continuamente essas tendências para realizar os ajustes necessários nas políticas nacionais e internacionais.
Este panorama sugere que os países precisarão reinventar abordagens socioeconômicas, incentivando, possivelmente, inovações tecnológicas que possam compensar a diminuição da força de trabalho e atender de forma eficiente e sustentável as necessidades de uma população mundial majoritariamente envelhecida.
Continue acompanhando essas e outras análises demográficas em plataformas especializadas para manter-se informado sobre como as mudanças populacionais podem impactar o mundo em que vivemos.