A partir de hoje, 01 de Julho, importar veículos elétricos tornou-se economicamente mais desafiador no Brasil. Uma medida recente imposta pelo governo brasileiro aumentou significativamente os impostos sobre a importação destes veículos, afetando tanto carros de passeio quanto veículos destinados ao transporte de carga. Esse reajuste tem como objetivo proteger a indústria automobilística local já estabelecida.
Os veículos elétricos destinados ao transporte de carga, como a pícape JAC iEV330 e o furgão Citroën E-Jumpy, terão que lidar com uma alíquota de 35% de imposto sobre importação, um aumento substancial se comparado à taxa anterior de 20%. Paralelamente, os carros elétricos de passeio, exemplificados por modelos como BYD Dolphin Mini e Renault Kwid E-Tech, estão agora sob uma alíquota de 18%, marcando este como o segundo aumento apenas este ano.

BYD Dolphin Mini,Citroën E-Jumpy, JAC iEV330 e Volvo EX30: impostos mais caros
Foto: Divulgação / Guia do Carro
Qual é o impacto do aumento dos Impostos para Veículos Elétricos?
Este novo esquema tributário representa mais um obstáculo para a aquisição e fomento à utilização de veículos elétricos no Brasil, uma vez que anteriormente estes carros contavam com uma taxa mais amigável de 10%. Apesar deste cenário desfavorável aos importadores, até agora, o crescimento no uso de veículos elétricos a bateria no mercado brasileiro continua robusto.
Implicações para Consumidores e Importadores
A expectativa é que os aumentos atuais de imposto se reflictam finalmente nos preços ao consumidor, embora as montadoras afetadas ainda não tenham confirmado aumentos específicos. Destaca-se que empresas como BYD já haviam antecipado importações antes da entrada em vigor da nova política tributária, possivelmente numa tentativa de mitigar os impactos financeiros.
A indústria nacional, por outro lado, através de representantes como a Anfavea, manifestou apoio aos novos impostos como uma forma de proteção contra a competição estrangeira, especialmente de veículos chineses. No entanto, esses aumentos geraram controvérsias dentro do próprio setor automotivo, com associações como ABVE e Abeifa se posicionando contra a abrupta elevação das alíquotas.
Qual é o Futuro dos Veículos Elétricos no Brasil?
Com a confirmada produção do BYD Dolphin Mini em 2025 na fábrica da montadora chinesa na Bahia, há esperanças de que a carga tributária sobre veículos elétricos possa ser reavaliada. A produção local poderia facilitar uma diminuição nos custos e, possivelmente, uma redução nos preços finais para os consumidores brasileiros.
Por enquanto, o cenário que se desenha é de cautela e reavaliação tanto para consumidores quanto para empresas do setor automotivo no Brasil. A tendência no aumento dos impostos sobre veículos elétricos pode reconfigurar a dinâmica de mercado, exigindo adaptações significativas por parte de todos os stakeholders envolvidos.