Os debates sobre impostos justos sempre geram controvérsias e, recentemente, uma proposta inovadora de tributação de patrimônios altos entrou em voga. Encabeçada pelo economista francês Gabriel Zucman, a estratégia sugere um significativo aumento na arrecadação através de impostos sobre grandes fortunas. Mas você sabe como o imposto dos bilionários poderia realmente impactar a distribuição de riqueza global?
Para entender melhor, Gabriel Zucman propõe um imposto sobre patrimônios líquidos ultra-altos, tanto de bilionários quanto de milionários. Esta proposta vêm em um momento em que 65 mil adultos, controlando cerca de US$ 16,9 trilhões, formam um cenário onde a discussão sobre a eficácia e a justiça dos sistemas tributários se torna urgente e necessária.
Neste artigo, explicaremos melhor sobre o tema. Boa leitura!
Como Funcionaria o Novo Imposto?

O estudo de Zucman apresenta uma ideia de implementar um imposto mínimo de 2% sobre a riqueza de bilionários. O que incluiria cerca de 3.000 indivíduos ao redor do mundo.
Tal medida poderia gerar uma considerável receita tributária adicional, estimada em cerca de US$ 250 bilhões anualmente.
Destacam-se também as condições de aplicação deste imposto: ele seria destinado apenas àqueles bilionários que ainda não contribuem com esse percentual em seu imposto de renda.
Sendo essa, portanto, uma forma de complementar a tributação atual sem duplicidade.
Quais as Vantagens da Proposta?
Um dos principais benefícios dessa nova abordagem seria atenuar a desigualdade econômica substancialmente crescente desde a década de 1980.
Além disso, a medida proposta por Zucman é dita como dispensando a necessidade de um tratado internacional, embora requeira um acordo para coordenação global.
Visando, dessa forma, minimizar as competições fiscais entre governos. Isso ajudaria na luta contra a evasão fiscal e na aplicação mais justa dos impostos.
Os Desafios da Implementação do Imposto dos Bilionários
Apesar do potencial positivo, a proposta de Zucman não é livre de críticas ou desafios.
A implementação de um imposto global sobre grandes fortunas exigiria negociações prolongadas entre nações e poderia enfrentar resistência tanto de pessoas físicas quanto jurídicas impactadas pela mudança.
Além disso, estabelecer critérios claros e justos para a tributação e garantir a efetiva troca de informações entre países são obstáculos consideráveis.
Concluindo, as implicações de um imposto coordenado sobre os super-ricos são vastas e multifacetadas. Enquanto a proposta pode representar um avanço significativo na justiça tributária global, é crucial continuar o debate sobre suas ramificações práticas e o balanceamento entre eficácia na arrecadação e equidade. Assim, o encontro do G20 em julho será um palco determinante para o futuro desta ousada proposta fiscal.