Ao reconsiderarmos nossos hábitos alimentares em busca de saúde, não apenas contribuímos para nosso bem-estar pessoal, mas também exercemos influência sobre a saúde do planeta. Este entendimento cresce à medida que pesquisas, como a recente da Escola de Saúde Pública Harvard TH Chan, favorizem abordagens alimentares que respeitam ambos os aspectos.
A pesquisa mencionada destaca a Dieta da Saúde Planetária (PHD), introduzida pelo relatório EAT-Lancet de 2019, que propõe mudanças como a redução no consumo de carnes vermelhas e um aumento no consumo de grãos integrais, vegetais e nozes. Este padrão não só melhora nossa saúde, diminuindo riscos de doenças graves, mas também minimiza nossos impactos ambientais.
Qual é a Base da Dieta da Saúde Planetária?

Segundo Walter Willett, um dos autores do estudo, a chave está em realinhar nossa dieta atual com práticas alimentares mais sustentáveis. “Adotar novos hábitos alimentares pode retardar as mudanças climáticas e, simultaneamente, promover uma vida mais saudável para nós mesmos”, destaca Willett.
Equilíbrio Nutricional e Respeito Ambiental
Thaiz Brito, nutricionista e comentarista do Metrópoles, esclarece que a PHD é uma dieta equilibrada e rica em nutrientes essenciais. “Este modelo alimentar inclui elementos da dieta mediterrânea, ambos reconhecidos por promover saúde e longevidade”, explica ela. A PHD é abundante em vitaminas, minerais e antioxidantes, componentes vitais para a prevenção de doenças como o câncer.
Impactos Positivos alinhados com a Proteção Ambiental
Os benefícios da adoção da PHD se estendem também ao meio ambiente. Estudos apontam reduções significativas em emissões de gases estufa, necessidades de fertilizantes e uso extensivo de terras para agricultura entre os adeptos desta dieta. Isso demonstra que é possível cuidar da saúde pessoal e, ao mesmo tempo, da saúde do planeta.
As Discussões Sobre Produção Sustentável
Caca Feliciano, agroecologista, pontua que a sustentabilidade alimentar não está em questionar os alimentos em si, mas como são produzidos. “Debater sobre a origem e o método de produção é essencial para promover práticas que respeitem o meio ambiente e a sociedade”, detalha.
Os Riscos dos Agrotóxicos na Agricultura
Além dos aspectos positivos da PHD, Feliciano também chama a atenção para os perigos dos agrotóxicos, que comprometem não só a qualidade dos alimentos, mas também a saúde dos trabalhadores rurais e do ecossistema. Thaiz Brito complementa que evitar alimentos contaminados por químicos e optar por opções naturais e minimamente processadas é fundamental para a manutenção da saúde.
- Redução das doenças crônicas
- Menor impacto ambiental
- Conscientização sobre a origem dos alimentos