A notória família Hinduja, conhecida pelo seu vasto patrimônio avaliado em bilhões e ampla rede de negócios, agora enfrenta sérias acusações criminais na Suíça.
Os membros da família são acusados de explorar empregados trazidos ilegalmente da Índia para cuidar de suas residências e crianças. Em uma clara violação dos direitos humanos e trabalhistas.
De acordo com relatos, os empregados eram obrigados a entregar seus passaportes aos empregadores e só podiam sair de casa com permissão prévia.
Além disso, a promotoria alega que o pagamento desses empregados era feito em moeda indiana, restringindo ainda mais a liberdade dos trabalhadores de retornarem ao seu país de origem.
O Que Dizem as Acusações?

As acusações que pesam sobre Prakash e Kamal Hinduja, juntamente com Ajay e sua esposa Namrata, incluem imposição de jornadas de trabalho desumanas.
O período de trabalho chegava a 18 horas por dia, com uma remuneração de apenas cerca de R$50,00.
Dessa forma, o tratamento concedido a esses empregados destaca uma gritante disparidade em relação aos altos padrões de vida dos Hinduja.
Qual é a Posição do Ministério Público?
O promotor Yves Bertossa está buscando uma punição severa para os integrantes da família Hinduja.
Ele propôs penas de até cinco anos e meio de prisão para Prakash e sua esposa, e quatro anos e meio para Ajay e Namrata.
Além disso, exige uma compensação financeira significativa para os ex-funcionários. No valor de 3,5 milhões de francos suíços, que equivalem a aproximadamente R$ 21,4 milhões.
Como a Família Hinduja Justifica Essas Ações?
A defesa da família alegou no tribunal que as acusações sobre as extensas jornadas de trabalho são exageradas.
E afirmou que as condições oferecidas incluíam alimentação e hospedagem, argumentando que os salários não deveriam ser vistos apenas como pagamento em dinheiro.
A defesa também comentou que os altos executivos da família Hinduja não estavam diretamente envolvidos nas rotinas dos empregados, tentando desvincular os acusados das práticas abusivas relatadas.
Além disso, uma curiosa comparação foi trazida à tona por publicações como “India Today”: a família gastava mais com seu cão do que com seus empregados em um ano, o que evidencia ainda mais a disparidade de tratamento e valorização entre os seres vivos dentro do mesmo lar.
Este caso desperta uma discussão ampla sobre os direitos dos trabalhadores estrangeiros e as práticas éticas, ou a falta delas, de empresários de alto escalão que operam em várias jurisdições globais.
No momento, o mundo aguarda o veredito dos juízes suíços que decidirão o futuro legal dos Hinduja, enquanto uma luz é lançada sobre as sombrias práticas trabalhistas que ainda persistem em algumas das famílias mais ricas do mundo.