Desde a última terça-feira, uma nova movimentação tem agitado o cenário nacional: a denominada “Operação Apagão” promovida por servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação visa chamar a atenção para as demandas por melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Vamos descobrir como isso afeta o atendimento à população e outras operações do INSS.
Os principais atores dessa operação são os servidores do INSS, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP). Eles estão mobilizados tanto em ambientes de trabalho presenciais quanto em home office, buscando pressionar o governo por mudanças significativas em seus direitos e benefícios laborais.
O que provocou a “Operação Apagão” no INSS?

No coração dessa mobilização está a reivindicação por um aumento salarial de 33% até 2026 e a valorização da carreira de técnico do seguro social. Os técnicos do INSS estão se engajando em várias formas de protesto, incluindo a diminuição de 20% da produção todas as terças e quintas de junho, além de recusar trabalho extra nesses dias específicos. Essas medidas estão diminuindo inevitavelmente a velocidade de atendimento e processamento de serviços essenciais.
Quais são os impactos diretos dessa mobilização?
De acordo com o presidente do SINSSP, Pedro Totti, os principais impactos se observam na demora para liberação de benefícios previdenciários e assistenciais. Isso inclui atrasos significativos até mesmo para benefícios críticos como o BPC (Benefício de Prestação Continuada), essencial para muitos cidadãos em situação de vulnerabilidade. Apesar disso, as perícias médicas continuam ocorrendo normalmente, pois não há greve dos peritos médicos.
Quais são as exigências dos servidores?
Além do aumento salarial proposto, os servidores do INSS demandam maior reconhecimento profissional. Eles querem que sua função seja designada como carreira de estado, o que não só eleva o status do cargo como também assegura outros benefícios e reconhecimentos. Esta reclassificação é vista como crucial para o fortalecimento da eficácia administrativa do INSS a longo prazo.
- Redução de 20% na produção em dias específicos
- Não realização de horas extras
- Negação de metas de produtividadelinkadas a programas de corte de fila
Para os usuários dos serviços do INSS, a “Operação Apagão” pode significar a necessidade de reprogramar planos e preparar-se para esperas mais prolongadas do que o habitual. No entanto, entender as razões por trás dessa paralisação pode ajudar a construir uma visão mais empática e informada sobre os desafios enfrentados pelos servidores públicos em sua luta por condições de trabalho mais justas.
Seguir de perto as negociações e desdobramentos dessa operação será essencial para prever futuras mudanças na prestação de serviços do INSS e, possivelmente, ajudar a aliviar o impacto sobre os milhões de beneficiários dependentes desses serviços essenciais.