A Operação Apagão, dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), associados ao Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP), é uma onda de protesto que teve início no dia 28 de junho. Essa manobra tem como principal objetivo pressionar por um aumento salarial de 33% até 2026 e melhorias nas carreiras dos técnicos.
A estratégia, batizada de “Reestruturação com Excelência” pelo sindicato, envolve uma redução de 20% na produção dos trabalhos todas as terças e quintas-feiras de junho. A iniciativa busca desencadear negociações mais significativas com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) sobre as condições salariais e de carreira dos profissionais do seguro social.
Por que é Essencial Valorizar os Técnicos do INSS?

O SINSSP defende que, sem um reajuste salarial substancial e uma valorização apropriada, a qualidade dos serviços oferecidos à população brasileira poderá ser prejudicada. Os serviços prestados pelos técnicos do INSS são cruciais para a eficácia da Previdência Social, que desempenha um papel ainda mais vital com o crescimento contínuo da população idosa no Brasil.
Quais são as Possíveis Consequências da Redução de Produtividade?
De acordo com Pedro Totti, presidente do SINSSP, a diminuição planejada da produtividade deve impactar minimamente os atendimentos presenciais e as perícias já agendadas. No entanto, ele alerta para possíveis atrasos na liberação de auxílios previdenciários e serviços assistenciais. Totti destaca ainda que uma greve geral pode ser desencadeada entre os servidores, caso as tratativas com o MGI não avancem.
Como o Governo e o INSS Respondem à Operação Apagão?
Em resposta à Operação Apagão, a direção do INSS esclareceu que as negociações salariais são responsabilidade do MGI. Até o presente, foram oferecidos apenas ajustes inferiores aos requisitados para os anos de 2025 e 2026, os quais foram prontamente rejeitados pelo sindicato. Essa oferta abrange um aumento de 9% em 2025 e um incremento adicional de 3,5% para 2026.
Complicando ainda mais o panorama, a implementação de tecnologia de inteligência artificial para automatizar análises de processos pelo INSS também tem gerado preocupações. Totti aponta que boa parte dos benefícios negados por sistemas automáticos necessitam de revisão e são aprovados após avaliação humana. Ele ressalta que isso sublinha a necessidade de valorizar e aprimorar o treinamento dos técnicos, no intuito de evitar falhas que podem afetar negativamente os beneficiários.
- Melhor ajuste salarial é crucial para qualidade do serviço.
- Redução de produtividade como tática de negociação.
- Possibilidade de greve se as negociações estagnarem.
- Preocupações com erros em análises automatizadas por inteligência artificial.