A greve que envolve professores das universidades federais, que teve início em abril de 2024, alcança agora a marca de 64 universidades mobilizadas de um total de 69. O movimento, organizado pelo ANDÉS-SN, entra em uma fase crítica onde assembleias locais foram convocadas para avaliar as recentes propostas do Governo Federal.
Estas assembleias, que precisam acontecer até a próxima sexta-feira, dia 21 de junho de 2024, são cruciais para determinar os próximos passos da manifestação. Professores de todo o país estão sendo consultados para decidir se aceitam ou não as condições apresentadas, além de avaliar a continuidade da paralisação.
Pontos-chave das propostas do Governo Federal

O Governo, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e do Ministério da Educação, propôs medidas que incluem a recomposição parcial do orçamento das instituições de ensino e aumentos em benefícios como auxílio-alimentação. No entanto, a equiparação desses auxílios com os de outros poderes ainda não foi atendida, gerando insatisfações entre os docentes.
Como os reajustes podem impactar os professores até 2026?
O plano apresentado sugere um aumento linear que passaria de 9,2% para 12,8% até 2026. Segundo o Governo, isso representaria um aumento acumulado entre 23% e 43% ao longo de 4 anos, considerando reajustes anteriores. Esta proposta é uma melhoria em relação ao plano anterior, que previa reajuste zero para 2024.
Melhorias nas universidades e hospitais universitários
Em um movimento paralelo às negociações salariais, o presidente anunciou investimentos significativos para infraestrutura das universidades e hospitais universitários. Estão previstos R$ 5,5 bilhões do novo PAC destinados não apenas às universidades e hospitais, mas também para a criação de 10 novos campi universitários. Esse plano de expansão e melhoria pode ser um ponto de alívio nas tensões entre governo e setor educacional.
A resposta dos professores a essas propostas e o resultado das assembleias locais são determinantes para o futuro imediato da educação superior no Brasil. Com uma greve já longa e desgastante, tanto para os docentes quanto para os alunos, a resolução deste impasse é aguardada por toda a comunidade acadêmica. Será crucial acompanhar os desdobramentos desta mobilização que influencia diretamente a qualidade e o acesso à educação no país.