No final de 2023, uma onda de expectativas foi gerada quando o ex-presidente Lula e o político Alexandre Silveira anunciaram planos ambiciosos para o Brasil se tornar membro da OPEP+, um bloco que reúne países produtores de petróleo. No entanto, recentemente foi confirmado que essas expectativas não se materializaram.

Presidente Lula e Alexandre Silveira: Fonte O Estadao
O que é a OPEP+ e por que é importante?
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) é uma entidade que desempenha um papel crucial na estabilização dos preços do petróleo no mercado mundial. A OPEP+ inclui países não membros da OPEP que colaboram com a organização para regular a oferta e influenciar os preços. A entrada do Brasil nesse grupo poderia significar um papel mais influente no mercado global de energia.
As promessas de Lula e Silveira na COP28
Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), Lula argumentou firmemente sobre a necessidade dos países produtores de petróleo se prepararem para o fim dos combustíveis fósseis. Alexandre Silveira foi ainda mais específico, estipulando janeiro de 2024 como a data de ingresso do Brasil na OPEP+. Essas declarações geraram grande expectativa.
Por que o Brasil ainda não é membro da OPEP+?
Apesar das garantias dadas por Lula e Silveira, até agora, o Brasil não conseguiu concretizar sua entrada na OPEP+. Informações obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação revelaram que o Brasil ainda não obteve a carta de adesão necessária. O secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, comentou que os anúncios criaram um ambiente constrangedor em Dubai, destacando as dificuldades enfrentadas pelo Brasil em assumir uma liderança efetiva nas discussões sobre mudanças climáticas.
Qual o futuro do Brasil na OPEP+?
O cenário ainda é incerto. A adesão do Brasil à OPEP+ coloca em pauta não apenas questões econômicas, mas também ambientais, visto que o país tem sido um dos principais debatedores sobre a transição energética global. A entrada na organização poderia oferecer ao Brasil uma plataforma mais robusta para influenciar as políticas energéticas globais. Isso, porém, exige uma diplomacia mais assertiva e estratégias claras que alinhem interesses econômicos e ambientais.
Resta agora aguardar os próximos movimentos do Brasil no cenário global para entender se o país conseguirá harmonizar suas ambições econômicas com responsabilidades ambientais, alcançando assim uma posição de destaque na OPEP+.