Em uma movimentação significativa, servidores de órgãos federais ligados ao meio ambiente em 11 estados brasileiros anunciaram uma greve geral prevista para começar no dia 24 de junho de 2024. Esta decisão ampla reflete as crescentes tensões entre os funcionários governamentais e o Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público após o encerramento das negociações salariais.
De acordo com a Ascema, entidade que representa esses profissionais, a greve pode incluir novos adeptos até o final do dia de hoje, prazo final para as assembleias estaduais. Estados como Acre, Espírito Santo e Goiás já confirmaram participação, e outras unidades federativas iniciaram movimentações semelhantes.

Por que os servidores ambientais decidiram entrar em greve?
A principal reivindicação do grupo é por melhoria salarial e reestruturação das carreiras dentro dos órgãos ambientais. Apesar de desempenharem funções essenciais como regulação, auditoria e fiscalização de políticas públicas, existe uma grande disparidade salarial quando comparados a outras carreiras do serviço público, gerando descontentamento generalizado.
Impacto da Greve nos Serviços Ambientais
A Ascema alerta que a greve já está provocando efeitos significativos, limitando a emissão de novas licenças ambientais e atrasando a análise de empreendimentos já licenciados. Especialmente os setores de petróleo e gás estão sendo diretamente impactados, com delays que podem afetar a operação de novas plataformas e a perfuração de novos poços pelo país.
Comparativo Salarial Provoca Insatisfação
Os servidores apontam para uma comparação desfavorável com as carreiras da Polícia Federal e de fiscais agropecuários, reforçando sua reivindicação por uma política de valorização que equipare seus salários aos da Agência Nacional de Águas (ANA). Este desequilíbrio salarial, segundo representantes da categoria, é um dos principais motivadores para a radicalização do movimento grevista.
A expectativa é que a paralisação traga à tona as dificuldades enfrentadas pela classe, que desempenha um papel crucial na preservação ambiental e no desenvolvimento sustentável do país. Além disso, a greve deve provocar uma reflexão sobre a necessidade de política de valorização dos profissionais que protegem os recursos naturais e a biodiversidade brasileira.
- Acre
- Espírito Santo
- Goiás
- Pará
- Paraíba
- Rio de Janeiro
- Rio Grande do Norte
- Rio Grande do Sul
Enquanto a greve se aproxima, a situação continua evoluindo, com negociações e estratégias sendo definidas. O Brasil todo observa atento aos próximos capítulos desta mobilização nacional que promete redefinir as políticas de gestão ambiental no país.

