Aprovada a correção do FGTS! Em uma decisão recente que está gerando ampla discussão, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou mudanças significativas na forma como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é corrigido. A partir de agora, a correção monetária do FGTS será vinculada ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos meses em que a inflação ultrapassar a correção atual do fundo. Mas o que realmente essa mudança significa para o trabalhador brasileiro?
Anteriormente, o rendimento do FGTS era calculado com base na Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano. No entanto, com as novas regras estabelecidas, esse cálculo poderá ser modificado, proporcionando melhor proteção ao poder de compra dos trabalhadores, principalmente em períodos de alta inflação.
O que muda na prática com a nova regulamentação do FGTS?

Com a nova correção do FGTS, sempre que a inflação mensal, representada pelo IPCA, for superior à correção do FGTS, o índice maior será aplicado. Essa alteração oferece aos trabalhadores um mecanismo mais eficaz de proteção contra a desvalorização inflacionária, garantindo que seus depósitos no FGTS mantenham poder aquisitivo mais estável ao longo do tempo.
Quais são os benefícios dessa correção do FGTS?
Professores e especialistas em economia explicam que esta medida é favorável aos trabalhadores. Joelson Sampaio, professor da FGV, destaca que “a mudança é para melhor porque protege o trabalhador em momentos de alta inflação, como observado em 2021, quando a inflação ultrapassou 10%.” A correção pelo IPCA garante que os rendimentos do FGTS estejam mais alinhados com a realidade econômica do país, evitando perdas significativas.
Simulações indicam melhoria nos rendimentos com a correção do FGTS
Para ilustrar, foram realizadas simulações comparando a regra antiga com a nova. Em 2021, por exemplo, enquanto a inflação era de 10%, a correção do FGTS pela regra antiga ficou em apenas 5,83%. Com a nova regra, o rendimento adicional teria sido de R$ 50,05 a mais para cada R$ 1.000 depositados no fundo.
O efeito é ainda mais interessante ao observar a cumulatividade: uma vez que os rendimentos são maiores em um ano sob a nova regra, a base de cálculo para o ano seguinte também aumenta, resultando em mais ganhos ao longo do tempo.
- Ao vincular a correção do FGTS ao IPCA, os trabalhadores terão uma proteção eficiente contra a erosão inflacionária.
- Os simuladores demonstram: mesmo em anos de inflação moderada, o trabalhador ainda pode experimentar ganhos incrementais devido aos efeitos cumulativos.
Finalmente, é importante ressaltar que a nova regulamentação de correção do FGTS representa um avanço significativo na proteção do patrimônio dos trabalhadores brasileiros, contribuindo para maior estabilidade financeira e justiça econômica. As mudanças começam a valer para depósitos futuros, e especialistas acreditam que serão um marco importante nas políticas de remuneração do FGTS.