A ministra do Meio Ambente e Mudança do Clima, Marina Silva, recentemente ressaltou a capacidade do Brasil de liderar não só internamente com políticas de sustentabilidade, mas também ajudando outras nações a adotarem práticas mais verdes.
A ministra apresentou como o Brasil pode influenciar positivamente a geopolítica global em termos de mudança climática.
Com uma riqueza natural ímpar, o Brasil se destaca no cenário mundial. Seja tanto pela sua biodiversidade quanto pela capacidade de gerar energias renováveis, como o hidrogênio verde.
De acordo com a ministra, a resposta às mudanças climáticas passa necessariamente pelo aproveitamento desses recursos.
Como o Brasil pode contribuir para a mudança climática global?

Em entrevista, Marina Silva ressaltou que o país tem um papel crucial a desempenhar.
De acordo com ela, “temos um grande potencial com a nossa biodiversidade. Tanto na produção de produtos da bioeconomia, quanto na bioeconomia de alta tecnologia. Tanto para a indústria farmacêutica quanto para a de cosméticos”.
Além disso, a ministra também ressaltou a importância da produção de hidrogênio verde como uma alternativa energética sustentável.
Preservação e Uso Sustentável dos Recursos Naturais
Além de explorar novas tecnologias e recursos renováveis, a ministra salienta a necessidade de fazer um uso sustentável dos recursos naturais já disponíveis.
Dessa forma, restaurar o que foi danificado e manejar prudentemente o que ainda existe é essencial para preservar os serviços ecossistêmicos.
“O Brasil é um país com grande quantidade de recursos hídricos e áreas terrestres férteis que podem contribuir grandemente para a segurança alimentar global”, comentou.
Impacto do Consumo Excessivo no Planejamento Futuro
O relatório “Panorama Global de Recursos 2024”, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), foi uma das bases para o discurso recente de Marina.
O documento destaca que os últimos 50 anos viram uma triplificação no consumo dos recursos globais. E, sem mudanças significativas, a demanda por esses recursos pode crescer 60% até 2060 em relação aos níveis de 2020.
“Vamos ter que aprender a produzir mais destruindo menos e também a não ter o consumo perdulário”, alertou ela.
Além disso, destacou que já estamos quase alcançando uma população de 10 bilhões de pessoas e que a capacidade do planeta é finita.
A ministra reitera ainda a necessidade de uma contribuição global para que haja uma convivência pacífica e sustentável com a natureza.
Essa perspectiva reforça o argumento de que o Brasil não só pode como deve liderar esforços para um futuro sustentável, engajando outras nações no processo.
A abordagem do Brasil pode servir como modelo para políticas climáticas globais, onde a guerra contra a natureza precisa chegar ao fim para garantir a sobrevivência e bem-estar das próximas gerações.