Em recentes notícias que reverberam os corredores da justiça e do esporte, Robinho, ex-atacante da seleção brasileira e de diversos clubes europeus, tem sua vida focada no presídio de Tremembé, São Paulo.
O ex-jogador, que em 2022 foi definitivamente condenado a nove anos por violência sexual em grupo ocorrida em Milão, em 2013, cumpre sua pena imposta pela justiça italiana, agora em território brasileiro.
Desde o final de março deste ano, quando Robinho iniciou sua pena após decisão pelo Superior Tribunal de Justiça, adaptações e novas rotinas delineiam seus dias atrás das grades.
Curiosamente, em contraposição ao contexto sombrio, surgem notas sobre iniciativas de reintegração social e desenvolvimento pessoal promovidas pelo sistema prisional.
Como Robinho tem ocupado seu tempo na prisão?

Em primeiro lugar, é importante destacar que as prisões tem como foco principal a reinserção e reintegração na sociedade.
Dessa forma, o confinamento trouxe para Robinho, além do ócio forçado, a oportunidade de investir em educação.
Participando de um curso de eletrônica básica, o ex-atleta acumula conhecimentos sobre reparos em aparelhos eletrônicos como, por exemplo, TVs e rádios.
Tal atividade compreende uma carga horária de 600 horas e é idealizada pelo Instituto Universal Brasileiro (IUB).
Existem outros benefícios no curso de eletrônica para Robinho?
Além do aprimoramento técnico, o curso oferece a Robinho a possibilidade de redução de pena.
De acordo com os regulamentos penais, cada 12 horas de estudo podem converter-se em um dia a menos de reclusão.
Portanto, ao final do curso, Robinho poderia reduzir até 50 dias de sua penalidade total, um incentivo tangível para sua participação e dedicação ao programa educacional.
Atividades recreativas e culturais dentro do presídio
No intuito de também ocupar a mente e fortalecer os laços comunitários, Robinho participa de outras iniciativas na prisão.
Uma delas é o ‘Clube do Livro’, um projeto que promove a leitura entre os detentos, circulando 500 livros por mês.
Esse engajamento não só oferece uma fuga mental como ajuda a fomentar uma cultura de pacificação e educação entre os internos.
Os vínculos de Robinho com o esporte, seu campo profissional original, ainda se manifestam.
Em ocasiões, o ex-jogador participa de jogos de futebol com outros presos, evidenciando que, mesmo em contextos adversos, o esporte serve como uma válvula de escape e uma ferramenta para manter a saúde física e mental.
Diversos detentos se mobilizaram para presentear o atleta com chuteiras, permitindo a continuidade de sua prática esportiva, ainda que em contexto limitado.
Entre adaptações e aprendizados, a trajetória recente de Robinho reflete não apenas as consequências de seus atos passados, mas também as possibilidades de reinserção que o sistema prisional pode promover.
Apesar das circunstâncias complexas e controversas, cada passo dado na prisão parece carregar a promessa, ou talvez a esperança, de redenção e renovação.