A partir do próximo ano, o salário mínimo no Brasil deve ser reajustado! Saíram novas previsões econômicas divulgadas pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
A atualização do salário mínimo impacta diretamente a renda dos trabalhadores e a concessão de benefícios sociais, sendo um tema de grande relevância para a economia nacional. A seguir, detalhamos as novidades, os reajustes históricos e os impactos econômicos desta mudança.
Novos Parâmetros e Reajustes

A nova previsão de parâmetros indica um aumento nas expectativas de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é a base para o reajuste do salário mínimo. A estimativa atual para a alta é de 3,5% em 2024, um aumento em comparação aos 3,25% previstos anteriormente.
Desde o ano passado, a regra para o reajuste do salário mínimo segue uma política de valorização, garantindo um aumento real acima da inflação. A fórmula de reajuste é a soma da inflação acumulada em 12 meses até novembro do ano anterior, mais a variação do PIB de dois anos antes, que atualmente é de 2,9%. Confira a seguir um histórico de reajuste do salário mínimo dos últimos anos:
- 2024: R$ 1.412 (6,97%)
- 2023: R$ 1.320,00 (8,91%)
- 2022: R$ 1.212,00 (10,04%)
- 2021: R$ 1.100,00 (5,2%)
- 2020: R$ 1.045,00 (4,7%)
- 2019: R$ 998,00 (4,6%)
- 2018: R$ 954,00 (1,8%)
- 2017: R$ 937,00 (6,48%)
- 2016: R$ 880,00 (11,6%)
Novo Salário Mínimo
A partir de 2025, o salário mínimo no Brasil deve ser reajustado para R$ 1.502, representando um aumento significativo de 6,4%. Este incremento, que adiciona R$ 90 ao valor atual, é parte das previsões econômicas divulgadas pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
O valor do salário mínimo impacta não apenas a remuneração dos trabalhadores, mas também diversos benefícios pagos pelo INSS, como aposentadorias, pensões e outros auxílios, além do seguro-desemprego, abono salarial PIS/Pasep e o Benefício de Prestação Continuada (BCP).
Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o valor do conjunto de alimentos básicos aumentou em 11 das 17 capitais pesquisadas, com destaque para Porto Alegre, onde o aumento foi de 3,33%.
A pesquisa mostrou que, para manter uma família de quatro pessoas, o salário mínimo deveria ser de R$ 6.946,37, 4,92 vezes o valor atual de R$ 1.412,00.
Variação de Preços dos Alimentos
Entre maio de 2023 e maio de 2024, os preços dos alimentos básicos subiram em quase todas as capitais, exceto Goiânia, que teve uma redução de 0,05%. Em São Paulo, a cesta básica mais cara chegou a R$ 826,85.
Em média, foi necessário trabalhar 110 horas e 31 minutos para adquirir a cesta básica, uma redução em relação a maio de 2023, quando eram necessárias 113 horas e 19 minutos.
Aumento de Produtos Alimentícios
O preço do café subiu em todas as capitais pesquisadas, com a maior variação em Recife, atingindo 9,66%. As preocupações com os estoques globais e problemas na safra no Vietnã, além do ritmo lento da colheita no Brasil, contribuíram para essa alta. O arroz também teve aumento em 15 capitais, influenciado pela redução de oferta devido às enchentes no Rio Grande do Sul.
O leite, com oferta reduzida pela entressafra, aumentou em 16 das 17 capitais, especialmente em Porto Alegre, onde o aumento foi de 12,41%. Nos últimos 12 meses, oito dos 13 produtos da cesta básica ficaram mais caros, com a batata registrando um aumento de 57,92%.
O cenário econômico e os ajustes do salário mínimo são questões cruciais para a população brasileira, afetando diretamente o poder de compra e a qualidade de vida das famílias.