No coração do Rio de Janeiro, a história trágica da vereadora Marielle Franco, brutalmente assassinada em março de 2018, ganha novos contornos com revelações de tentativas anteriores ao fatídico dia. Ronnie Lessa, ex-policial militar, confessou à Polícia Federal que houve preparações e planos não concretizados para eliminar Marielle antes mesmo da emboscada fatal. Este caso, que ainda suscita profunda indignação e clamor por justiça, revela as complexidades e os riscos enfrentados por figuras políticas comprometidas com a luta contra as desigualdades.
A cena do crime se passou na saída de um evento na Casa das Pretas, localizada no bairro do Estácio, mas as tentativas de assassinato se estenderam muito além desse dia e lugar. Marielle, sempre ativa em suas funções e frequentadora de diversos espaços da cidade, parece ter escapado por pouco de outros atentados planejados.
Quem Estava Por Trás dos Planos Contra Marielle Franco?

As investigações apontam Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz como os executores da vereadora e de Anderson Gomes, seu motorista. Lessa, em detalhes perturbadores, mencionou uma ocasião em que Marielle esteve em um bar na Praça da Bandeira, uma oportunidade que ele lamentavelmente chamou de perdida. A falha no plano se deveu à falta de coordenação com um cúmplice identificado como Macalé, que foi morto posteriormente em novembro de 2021.
Por Que Marielle Franco Era um Alvo?
Marielle Franco se destacava no cenário político por sua atuação fervorosa em defesa dos direitos humanos e contra a violência policial, sobretudo nas comunidades carentes do Rio de Janeiro. Essa postura valente, mas que infelizmente a expôs a riscos imensuráveis, pode ter sido o motivo pelo qual ela se tornou um alvo. As tentativas de assassinato, inclusive perto de sua residência, revelam o quanto sua presença incomodava certos setores.
Detalhes das Outras Tentativas de Assassinato de Marielle
Lessa confessou que além do bar na Praça da Bandeira, houve uma tentativa próximo à residência de Marielle. No entanto, a forte presença policial na área tornava qualquer ação mais complicada. Esses relatos não apenas intensificam o entendimento sobre os perigos que Marielle enfrentou, mas também destacam a audácia e a crueldade das figuras envolvidas em silenciá-la.
Este caso, ainda cheio de perguntas sem respostas e de feridas abertas, continua mobilizando a sociedade brasileira e internacional na busca por justiça. O assassinato de Marielle Franco não foi apenas a perda de uma política; foi um ataque aos fundamentos da democracia e aos direitos humanos no Brasil.