No primeiro trimestre de 2024, o Brasil registrou um aumento considerável no número de jovens entre 14 e 24 anos que não estudam e nem trabalham, os chamados “nem-nem”. Segundo dados levantados, essa categoria atingiu a marca de 5,4 milhões de pessoas, um salto significativo em relação ao ano anterior.
Essa estatística, que incorpora tanto jovens desocupados quanto aqueles fora do mercado por escolha ou necessidade, reflete desafios socioeconômicos e estruturais ainda prevalentes no país. A maioria desses jovens são mulheres e negros, destacando questões de gênero e racial que persistem no acesso ao trabalho e educação.
O que são os jovens “nem-nem”?

Os jovens “nem-nem” são aqueles que não estão envolvidos com estudos ou atividades laborais. Em 2024, esse grupo abrangia 17% da população jovem brasileira, um indicativo alarmante de desengajamento que pode ter repercussões a longo prazo na economia e na estrutura social do país.
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Impacto da Pandemia de COVID-19
A subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, aponta que muitos dos desafios enfrentados pelos jovens “nem-nem” ainda são ecos da pandemia de COVID-19. Durante esse período crítico, muitas mulheres, que representam cerca de 60% deste grupo, tiveram que se dedicar mais intensamente ao cuidado de familiares, afastando-se do mercado de trabalho.
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Mercado de Trabalho e Informalidade
Em 2024, cerca de 45% dos jovens empregados atuavam no mercado informal. Essa alta taxa de informalidade é reflexo de um mercado que ainda se recupera lentamente e que oferece poucas oportunidades de emprego formal para essa faixa etária. As áreas de atuação são predominantemente de baixa qualificação, o que abre poucas possibilidades de desenvolvimento profissional e estabilidade econômica.
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O Crescimento de Aprendizes e Estagiários
- O número de aprendizes no Brasil dobrou entre 2011 e 2024, alcançando 602 mil jovens.
- Os estagiários cresceram 37% de 2023 para 2024, representando atualmente 877 mil.
- A maioria dos estagiários está em empresas privadas, embora uma parcela substancial também se encontre no setor público.
Essa tendência de crescimento de aprendizes e estagiários sugere uma procura por oportunidades de formação prática como meio de ingresso ou retorno ao mercado de trabalho. No entanto, para muitos, as condições ainda são de baixa remuneração e pouca segurança de contratação.
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Enfrentar o problema dos jovens “nem-nem” requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo políticas públicas inclusivas, educação de qualidade e criação de oportunidades de emprego que possam integrar efetivamente os jovens na sociedade e economia. Sem essas medidas, o futuro desses 5,4 milhões de jovens permanece incerto, com impactos profundos tanto para eles quanto para o desenvolvimento do país.
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