No contexto atual de desafios climáticos extremos, as inundações que assolaram a região metropolitana de Porto Alegre afetaram severamente as operações da Trensurb, com uma perda significativa na infraestrutura das estações e nos equipamentos. O diretor-presidente da Trensurb, Fernando Stephan Marroni, forneceu insights sobre o plano emergencial para retomada das operações, concentrando recursos na restauração de rotas parciais para beneficiar trabalhadores de serviços essenciais.
Qual é o panorama atual da Trensurb após os eventos climáticos recentes?

Diante das recentes inundações, a Trensurb, que usualmente atende cerca de 200 mil usuários por dia útil, viu sua capacidade reduzida drasticamente. Operando desde 1985, esta rede de trens urbanos vital para a cidade liga Porto Alegre a várias cidades da região metropolitana. Atualmente, com a União sendo seu majoritário acionista, a empresa enfrenta agora o desafio de retomar suas operações após a perda total de estações cruciais como Mercado, Rodoviária e São Pedro.
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Quais as medidas emergenciais tomadas pela Trensurb?
O plano emergencial detalhado por Marroni envolve reiniciar as operações de forma restrita e planejada, atendendo inicialmente os trabalhadores de áreas essenciais. “Estamos focados em um caminho humanitário para reinstaurar os serviços mínimos e essenciais”, explicou ele. O serviço foi ajustado para operar em rotas que não foram afetadas diretamente pelas enchentes, abarcando a movimentação diária de até 30 mil passageiros em rotas parciais entre as estações Unisinos à Estação Novo Hamburgo em um único trilho, e a Estação Mathias Velho em dois trilhos.
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Ajustes e Negociações em Andamento
A Trensurb também está em diálogo constante com o governo federal para revisar a tarifa de R$ 4,50, que até então cobria a rota completa até Novo Hamburgo. Devido às limitações operacionais impostas pelas cheias, essa tarifa passa por revisões para se adequar às realidades atuais, onde parte da rota não está disponível. “Essas mudanças são essenciais para a viabilidade do serviço no momento”, comentou Marroni.
Respostas à Comunidade e Visão de Longo Prazo
Em resposta direta às adversidades, a Trensurb tem tomado várias iniciativas de apoio à comunidade afetada. Desde o início de maio, estações foram disponibilizadas para acolher pessoas afetadas pelas enchentes, além de servirem como pontos de arrecadação de donativos. A empresa espera não apenas restituir o serviço por completo até o final do ano, mas também melhorar sua resiliência frente a possíveis eventos similares no futuro.
Embora as projeções indiquem uma demorada recuperação, os esforços contínuos da Trensurb e o apoio do governo são fundamentais para a normalização do transporte público na região metropolitana de Porto Alegre, essencial para o dia a dia de milhares de pessoas.
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